Quem conta com um familiar ou amigo próximo de idade mais avançada tem plena consciência de que o tempo pode ser cruel com a saúde. E quando falamos do estado geral da visão, não deixa de ser assim – aliás, este costuma ser um dos sentidos que mais sofrem com o decorrer dos anos.
Um dos grandes problemas que atingem as pessoas acima dos 50 anos de idade, e pode levar à perda da visão central, é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Porém, você sabe o que é esse problema?
Acompanhe nosso artigo sobre o assunto para que você conheça mais sobre essa disfunção, e, principalmente, sobre como ela pode ser tratada.
O que é a Degeneração Macular Relacionada à Idade?
A degeneração macular relacionada à idade, DMRI como é conhecida, é uma doença que atinge uma parte da retina chamada mácula.
Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a DMRI leva à perda de visão central progressiva. É considerada uma das cinco principais causas de perda visual pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
A mácula é a parte da retina responsável por “detalhar” o que a pessoa vê. Localizada no centro deste tecido, tem células que recebem a luz e a convertem em impulsos elétricos que são transmitidos para o cérebro. Uma vez que essas células se degenerem, ocorrem manchas na visão inicialmente cinzas que podem se tornar negras.
Como não apresenta sintomas nos estágios iniciais, muitas pessoas não sabem que têm a doença. Conforme vai avançando, as manchas vão se formando no centro do campo de vista do paciente acometido.
Existem dois tipos de DMRI: a DMRI seca e a úmida. O primeiro caso é o tipo mais comum, que atinge 9 em cada 10 pacientes afetados pela doença. Ambas são causadas inicialmente por fenômeno oxidativo de uma camada retiniana chamada epitélio pigmentado. A forma seca costuma causar menos prejuízos à visão do que a DMRI úmida não tratada.
Menos comum, o segundo tipo de DMRI tem como causa o crescimento de vasos sanguíneos de maneira anormal sob a retina. Com progressão e sintomas mais agudos, a DMRI úmida é mais facilmente detectada, e pode causar diminuição da visão central se não tratada.
Principais sintomas
Conforme já citamos, há casos em que os primeiros sintomas podem demorar anos até serem percebidos. Por outro lado, alguns pacientes podem vir a perceber manchas, tortuosidades e desproporções nas imagens em um espaço de tempo relativamente curto.
Portanto, é necessário ficar atento às pessoas de mais idade, e verificar se também têm apresentado alguns dos sintomas abaixo, como:
- necessidade de maior iluminação para enxergar;
- perda visual intermitente;
- distorção, embaçamento ao enxergar linhas retas;
- diminuição da percepção e sensibilidade à troca da luz pelo escuro, e vice-versa;
- cores aparentando menos vivacidade do que antes.
É fundamental perceber qualquer tipo de mudança comportamental ou queixa relacionada aos sintomas citados. A DRMI pode avançar rapidamente, e um diagnóstico correto, pode ser o diferencial para evitar maiores complicações.
Qual é o tratamento para a DMRI?
O tratamento mais adequado para diminuir a velocidade da progressão da doença vai depender, de acordo com o tipo pela qual o paciente foi acometido.
No entanto, qualquer que seja o tipo de DMRI que afeta o paciente, o diagnóstico precoce pode ser fundamental para a taxa de recuperação.
Nesta fase, o médico pode solicitar os seguintes exames, para detecção do problema na visão:
- Exame de Acuidade Visual;
- Exame da Tela de Amsler;
- Exame de Fundo de Olho ou Mapeamento de Retina;
- Retinografia Colorida da Retina;
- Tomografia de Coerência Óptica (OCT);
- Autofluorescência do Epitélio Pigmentado da Retina.
Agora, entre as opções para tratamento da degeneração macular relacionada à idade estão:
- Observação, por parte dos médicos responsáveis;
- Inclusão de suplementação vitamínica e minerais antioxidantes;
- Injeção intravítrea;
- Terapia fotodinâmica;
- Fotocoagulação a laser.
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